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Guiné-Bissau e Senegal assinam acordo para coprodução cinematográfica

A Guiné-Bissau e o Senegal assinaram um acordo para a coprodução de filmes, telenovelas e seriados televisivos, anunciou o ministro guineense da Cultura, Augusto Gomes.

Guiné-Bissau e Senegal assinam acordo para coprodução cinematográfica
Notícias ao Minuto

10:31 - 21/02/23 por Lusa

Mundo Bissau

O governante guineense fez o anúncio à margem da assinatura de um protocolo de cooperação na segunda-feira com o ministro da Cultura e Património Histórico do Senegal, Aliu Só, que se encontra em Bissau, à frente de uma delegação do seu país convidada para assistir ao Carnaval.

O acordo de coprodução cinematográfica tem a vigência de 24 anos.

Os dois governantes rubricaram também um acordo para que o Senegal apoie a Guiné-Bissau na sua iniciativa de elevar as ilhas Bijagós e a zona do Bissau Velho ao estatuto de património mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O ministro guineense da Cultura, Juventude e Desporto assinalou ainda que o Senegal vai também apoiar o país na sua estratégia de fazer aderir a música e Bissau à Rede das Cidades Criativas da UNESCO.

Augusto Gomes enalteceu os acordos rubricados com o seu homólogo e ainda destacou a experiência do Senegal no domínio da produção audiovisual, com enfoque no cinema.

O governante guineense disse estar para breve a participação de agentes dos dois países em trabalhos cinematográficos.

"Quem faz rir o povo senegalês pode fazer rir o povo guineense e o sorriso é o recurso de que precisamos, efetivamente, para a nossa alma e a partir daí podermos desenvolver comportamentos positivos", observou Augusto Gomes.

O ministro da Cultura e Património Histórico do Senegal enfatizou as oportunidades que os dois países poderão conhecer a partir de coproduções do cinema e deu o exemplo de experiências do seu país com a França.

Aliu Só apontou para "o sucesso" que foi a coprodução do "Tirailleurs" (atiradores), um filme protagonizado por Omar Sy, que retrata a história de um soldado africano (senegalês) que defendeu a França durante a segunda guerra mundial.

O ministro senegalês disse acreditar "no potencial criativo" dos guineenses para as coproduções e anunciou que a Guiné-Bissau será a convidada especial nas comemorações do centenário de nascimento de Ousmane Sembène, considerado "pai" do cinema africano.

Sembène, que faleceu em Dacar, em junho de 2007, era um produtor e realizador de cinema e também escritor senegalês.

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