"A suspensão do tratado ou a sua expiração sem um acordo de seguimento adequado prejudicará a arquitetura de segurança europeia e atrasará substancialmente os esforços de controlo de armas, o que não é do interesse de nenhum dos Estados partes no New START ou de qualquer outro país", disse o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, numa declaração.
O responsável da diplomacia europeia disse que o pacto "reforça a estabilidade estratégica", "previsibilidade" e "confiança mútua" entre "os dois maiores Estados detentores de armas nucleares".
"A UE atribui a maior importância ao tratado New START e considera-o um contributo crucial para a segurança internacional e europeia", acrescentou ele.
A este respeito, reiterou nesta declaração que o New START "contribui para a implementação do Artigo VI do Tratado de Proliferação Nuclear através da redução global do arsenal global de armas nucleares utilizadas".
"A UE exorta a Rússia a cumprir as suas obrigações nos termos do Tratado, facilitando as inspeções do New START em território russo e participando no órgão de implementação do Tratado, a Comissão Consultiva Bilateral, dentro do prazo estabelecido pelo Tratado", afirmou.
Ao fazer o anúncio, o líder russo salientou que não se tratava de um "abandono" do acordo e argumentou que o país "deve estar preparado para realizar testes nucleares se os Estados Unidos os realizarem primeiro".
A decisão de Moscovo suscitou rapidamente críticas internacionais, incluindo das autoridades ucranianas, que instaram a comunidade internacional a tomar "medidas conjuntas urgentes para prevenir e combater qualquer forma de chantagem nuclear por parte do Estado terrorista".
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