"As nossas tropas neutralizaram 27 terroristas e prenderam 18 fornecedores logísticos do Boko Haram e do Estado Islâmico na Província da África Ocidental [ISWAP, na sigla em inglês]", referiu o porta-voz do exército nigeriano, Musa Danmadami, numa conferência de imprensa.
As operações militares decorreram entre 09 de fevereiro e hoje nos estados nigerianos de Borno e Adamawa (nordeste), dois dos redutos dos grupos 'jihadistas', segundo a mesma fonte.
No mesmo período, 20 civis raptados por grupos terroristas foram resgatados e 252 combatentes islâmicos e seus familiares, incluindo 24 homens, 79 mulheres e 150 crianças, renderam-se às autoridades.
O exército, que informa regularmente sobre os resultados das suas operações militares, fez este anúncio dois dias antes das próximas eleições gerais na Nigéria, das quais sairá o substituto do Presidente, Muhammadu Buhari, no poder desde 2015 e que não se recandidata porque cumpre o segundo mandato consecutivo permitido pela Constituição.
O Boko Haram lança ataques frequentes no nordeste da Nigéria desde 2009, e a violência piorou a partir de 2016 com o surgimento de sua ramificação, o ISWAP.
Ambos os grupos procuram impor um Estado de cariz islâmico na Nigéria, que é predominantemente muçulmano no norte e predominantemente cristão no sul.
O Boko Haram e o ISWAP mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente na Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Chade e Níger, de acordo com dados do governo e das Nações Unidas.
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