Em comunicado, os membros do CE frisaram, no âmbito do primeiro ano da invasão russa da Ucrânia, que vão manter o apoio "político, económico, humanitário, financeiro e militar, inclusive por meio de aquisições rápidas e coordenadas junto da indústria europeia".
"Continuaremos a aumentar a pressão coletiva sobre a Rússia para que ponha termo à sua guerra de agressão. Para o efeito, adotaremos um décimo pacote de sanções e tomaremos medidas contra os que tentarem contornar as medidas da UE [União Europeia]", referiram ainda.
Numa declaração onde garantem que não irão descansar até que "a Ucrânia prevaleça", os membros do Conselho Europeu sublinharam que apoiam a fórmula para a paz do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.
"Garantiremos que a Ucrânia prevaleça, que o direito internacional seja respeitado, que sejam restabelecidas a paz e a integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas, que a Ucrânia seja reconstruída e que seja feita justiça", vincaram.
O CE destacou ainda que vai apoiar a reconstrução da Ucrânia, procurando "utilizar os bens russos congelados e imobilizados, em conformidade com o direito da UE e o direito internacional".
Num texto que aborda o primeiro ano da "agressão brutal" da Rússia contra a Ucrânia, o CE salientou que "o povo ucraniano mostrou uma força incrível na defesa da sua pátria e dos princípios fundamentais do direito internacional contra a agressão russa".
"O povo ucraniano mostrou ao mundo que quem decide o futuro da Ucrânia são os ucranianos. Nenhum país tem o direito de invadir o seu vizinho, nem de violar a sua soberania e integridade territorial. Esta agressão é um crime contra a paz. Viola a Carta das Nações Unidas, os princípios da ONU e os valores da humanidade. Não podemos nem devemos permanecer indiferentes perante tais crimes", realçaram.
Os membros do CE salientaram também que a Ucrânia "faz parte da família europeia" e que, perante o desejo de Kyiv de ter um futuro na UE, este foi reconhecido ao ser concedido à Ucrânia o estatuto de país candidato no ano passado.
"A escolha do povo da Ucrânia é a escolha da paz, da democracia, do Estado de direito, do respeito pelos direitos fundamentais e da prosperidade", vincaram.
Sobre as ações de Moscovo na Ucrânia, os membros do CE lembraram que a Rússia "visou civis, destruiu cidades e atacou a identidade ucraniana", destacando ainda que estão determinados em "garantir que todos os responsáveis por crimes de guerra e por outros crimes mais graves" praticados no contexto da guerra "sejam chamados a prestar contas pelos seus atos".
O CE destacou também que a Rússia "usou os alimentos e a energia como armas, fez ameaças nucleares profundamente irresponsáveis e difundiu falsas narrativas sobre a guerra".
Sobre os efeitos da guerra em muitos países, devido ao impacto na economia mundial e nos preços dos alimentos e dos produtos de base, os membros do CE garantiram que a UE "continuará a trabalhar com os parceiros a fim de atenuar esses efeitos e prestar assistência aos países e pessoas mais necessitados".
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
[Notícia atualizada às 19h56]
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