"Num momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, já se passou um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia", escreveu Luiz Inácio Lula da Silva numa mensagem publicada nas suas redes sociais.
O líder progressista, que assumiu o poder em 01 de janeiro e até agora evitou condenações diretas à Rússia e até sugeriu que a Ucrânia também pode ter alguma responsabilidade no conflito, reiterou sua proposta de negociação de paz.
"É urgente que um grupo de países não envolvidos no conflito assuma a responsabilidade de conduzir uma negociação para restabelecer a paz", frisou o Presidente brasileiro.
Lula da Silva já sugeriu que esse grupo de países poderia ser formado pelo próprio Brasil, China e Índia, com a participação de Estados Unidos da América, Alemanha e França.
No momento em que a humanidade, com tantos desafios, precisa de paz, completa-se um ano da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. É urgente que um grupo de países, não envolvidos no conflito, assuma a responsabilidade de encaminhar uma negociação para restabelecer a paz.
— Lula (@LulaOficial) February 24, 2023
Na quinta-feira o Brasil votou a favor da resolução na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que exige a "retirada imediata" das tropas russas da Ucrânia e que pede "uma paz abrangente, justa e duradoura".
O Brasil, tanto com a administração do ex-presidente Jair Bolsonaro, como agora de Lula da Silva, tem adotado uma posição passiva em relação à invasão da Ucrânia.
Brasília condenou a invasão russa da Ucrânia na ONU, mas não adotou sanções económicas contra Moscovo, e, apesar de condenar a anexação de territórios, absteve-se da resolução contra os referendos de anexação de partes do território ucraniano pela Rússia.
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