"Se continuar assim, haverá quem queira enviar tropas para a Ucrânia"

Declarações do primeiro-ministro húngaro surgem numa altura em que se discute o envio de aviões de combate para a Ucrânia.

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© Sean Gallup/Getty Images

Notícias ao Minuto
27/02/2023 23:45 ‧ 27/02/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Viktor Orban

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, manifestou-se, esta segunda-feira, “preocupado” com o facto de alguns Estados-membros da União Europeia (UE) poderem querer enviar tropas para a Ucrânia.

Num discurso no parlamento húngaro, citado pela agência de notícias estatal russa TASS, Orbán afirmou que “toda a Europa está a deslizar para uma guerra passo a passo”, uma vez que os países da UE já estão a enviar tanques Leopard para a Ucrânia e estão a ponderar o envio de aviões de combate. 

“Se as coisas continuarem assim, haverá quem possa querer enviar tropas para a Ucrânia”, frisou. “Eles querem arrastar-nos para esta guerra, mas eu peço-vos que não cedam a provocações”, apelou ainda aos deputados.

O primeiro-ministro reiterou a necessidade de um “cessar-fogo” na Ucrânia e de “conversações de paz” e diz ser “por isso que a Hungria insiste na paz em todos os fóruns internacionais”, acrescentando que apoia o plano de paz proposto pela China.

O plano da China, recorde-se, defende o respeito pela soberania de todos os países e a integridade territorial, o abandono da "mentalidade da guerra fria" e um cessar-fogo, bem como faz um apelo à "contenção" para "evitar que a situação fique fora de controlo".

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Ucrânia. Orbán apoia plano de paz chinês criticado pelo Ocidente

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