O chefe da estação de comboios da cidade de Larissa, no centro da Grécia, foi detido, esta quarta-feira, horas depois da colisão frontal entre dois comboios que fez pelo menos 36 mortos.
"O chefe da estação de 59 anos foi detido", referiu um porta-voz da polícia local, citada pela agência France Presse, acrescentando que "as acusações serão anunciadas em breve".
Segundo o SKAI, o homem terá dito, no depoimento, que tentou mudar a linha mas que o sistema não obedeceu.
Os comboios colidiram pouco antes da meia-noite local (22h00 em Lisboa) perto de Tempe, uma pequena cidade localizada num vale onde existe um túnel ferroviário, a cerca de 300 quilómetros a norte de Atenas. O choque provocou o descarrilamento de várias carruagens e pelo menos três incendiaram-se.
De acordo com os bombeiros, pelo menos 66 pessoas tiveram de ser hospitalizadas, seis das quais nos cuidados intensivos.
Os passageiros que sofreram ferimentos ligeiros ou que saíram ilesos foram transportados de autocarro para Tessalónica, a 130 quilómetros ao norte do país.
O governador regional da área da Tessália, Costas Agorastos, disse à televisão grega Skai que os dois comboios colidiram frontalmente e em alta velocidade.
A companhia ferroviária Hellenic Train indicou que o comboio de passageiros, que ligava Atenas à cidade de Tessalónica, no norte do país, transportava cerca de 350 pessoas no momento da colisão.
Segundo declarações do presidente da câmara de Tempe, Yorgos Manolis, à emissora pública ERT, muitos estudantes encontravam-se a bordo do comboio, após um fim de semana prolongado.
Ao que tudo indica, os comboios - um de passageiros e outro de carga -, ambos operados pela empresa Hellenic Train, viajavam na mesma via em alta velocidade no momento do acidente, o que aponta para falha humana como causa do acidente.
O Ministério Público abriu um inquérito para esclarecer as causas exatas que levaram à tragédia.
[Notícia atualizada às 11h51]
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