Forças israelitas matam palestiniano na Cisjordânia

Forças israelitas mataram um homem palestiniano durante uma incursão na Cisjordânia ocupada após o tiroteio fatal para um motorista americano-israelita no início desta semana, informou o ministério da saúde palestino.

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Lusa
01/03/2023 23:42 ‧ 01/03/2023 por Lusa

Mundo

ministério palestiniano

Mahmoud Jamal Hassan Hamdan, de 22 anos, morreu de "ferimentos graves infligidos por balas da ocupação israelita" durante um ataque ao campo de refugiados palestiniano de Aqabat Jabr, em Jericó, afirmou o ministério, num comunicado à imprensa.

Um porta-voz do Hospital Hadassa, em Jerusalém, informou que chegou morto às instalações no Monte Scopus.

Por sua vez, o exército israelita informou ter "prendido quatro suspeitos, incluindo o terrorista responsável pelo ataque fatal" contra o motorista americano-israelita, de 27 anos, Elan Ganeles, perto de Jericó, na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

Segundo o exército isralita, soldados dispararam contra duas pessoas que tentaram fugir depois de entrarem no campo de refugiados de Aqabat Jabr, perto de Jericó, e os militares abriram fogo na direção, segundo fonte do exército.

O governador de Jericó, Jihad Abu al-Assal, à AFP, disse que Mahmoud Jamal Hassan Hamdan ficou gravemente ferido.

Esta ocporrência acontece quando o conflito palestino-israelita atravessa uma escalada.

Na noite de domingo, a cidade palestiniana de Huwara, no norte da Cisjordânia, foi atacada e dois jovens israelitas, que viviam num centro judaico na Cisjordânia, foram mortos a tiro dentro, dentro do carro, na estrada principal de Huwara.

Centenas de colonos israelitas entraram em Huwara, onde atiraram pedras em casas palestinianas, incendiaram prédios, contentores do lixo e carros, relata a AFP.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, classificou de "intolerável uma situação em que os cidadãos estão a fazer justiça com as próprias mãos", e depois de o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, dos prefeitos dos assentamentos e do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, fazerem declarações semelhantes.

Sete suspeitos foram presos, segundo a polícia.

Desde o início do ano, o conflito já custou a vida de 64 palestinianos - incluindo militares e civis, incluindo menores - e 13 israelitas (incluindo menores e forças de segurança) e uma mulher ucraniana, segundo contagem da AFP compilada de oficiais israelitas e fontes palestinianas.

No domingo, as autoridades israelitas e palestinianas anunciaram a promessa de "prevenir mais violência" e trabalhar para "reduzir a escalada", após uma reunião na cidade de Aqaba, na Jordânia.

Leia Também: Israelita morto na Cisjordânia ocupada tinha também nacionalidade dos EUA

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