O porta-voz do governo da Grécia disse, esta quinta-feira, que o chefe da estação de comboios de Larissa admitiu que tinha responsabilidade no acidente que aconteceu na terça-feira à noite, e que resultou na morte de, pelo menos, 43 pessoas.
"A responsabilidade, a negligência, o erro foi admitido pelo chefe de estação", referiu Yiannis Economou em declarações aos jornalistas, citado pela agência France-Press.
O responsável foi detido pelas autoridades poucas horas depois do acidente, que resultou do choque de um comboio de passageiros e outro de carga. Para além dos 43 mortos, o acidente ainda resultou em dezenas de feridos.
O chefe de estação terá dito que quando se apercebeu da situação, antes do acidente, ainda tentou mudar a trajetória de uma das composições, mas o veículo não terá obedecido.
Uma investigação está, entretanto, a decorrer, mas o acidente terá sido resultado de uma "falha humana", que fez com que os comboios - em direções contrárias - colidissem na mesma linha, causando o descarrilamento e incêndio em algumas carruagens.
O ministro dos Transportes da Grécia não tardou em demitir-se e, horas depois, algumas pessoas organizaram um tributo às vítimas, junto à sede da Hellenic Train, empresa responsável pelos caminhos de ferro do país. Os ânimos, no entanto, exaltaram-se, e houve alguma desordem, com manifestantes a atirar pedras e a atear fogueiras, enquanto a polícia também teve de lançar gás lacrimogéneo.
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