A decisão foi oficializada hoje e, embora a mudança já tenha sido proposta no período de transição, os ataques de 8 de janeiro promovidos por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro e as suspeitas de que membros do GSI facilitaram atos antidemocráticos terão acelerado a transferência de poder.
A atuação do GSI durante episódios violentos realizados por seguidores de Jair Bolsonaro, que em 08 de janeiro invadiram e vandalizaram as sedes dos Três Poderes, tem sido alvo de críticas do novo Governo, que questiona a incapacidade de impedir o ocorrido.
A ideia de transferir a Abin para a Casa Civil foi levantada pelo Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, que escolheu Rui Costa - um de seus homens de confiança - para liderar este ministério, muito devido ao desconforto no novo Governo face à militarização dos serviços de informações.
O GSI, que era responsável pela proteção do Presidente e do Palácio do Planalto até o novo Governo criar a Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata, é comandado pelo general Marco Gonçalves Dias, pessoa de confiança de Lula da Silva e escolhido para expurgar altos funcionários próximos de Bolsonaro.
Até ao final de janeiro, 121 militares haviam sido nomeados para cargos de diferentes responsabilidades no GSI, após as demissões em massa ocorridas após os ataques de 8 de janeiro em Brasília.
Leia Também: Chefe da diplomacia dos EUA defende mais comércio com o Brasil