"É bastante satisfatório e sentimo-nos também lisonjeados de saber que França e seus empresários também pretendem participar no desenvolvimento deste grande setor, o país tem grandes potencialidades, temos mais de 58 milhões de hectares disponíveis para o cultivo", disse hoje o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária angolano, João Manuel da Cunha.
Falando na abertura do Fórum Económico Angola-França, em Luanda, realizado no âmbito da visita oficial do Presidente de França, Emmanuel Macron, a Angola, o governante angolano destacou as potencialidades agrícolas do país, considerando que estas devem ser transformadas em verdadeiras riquezas para o país.
Segundo João Manuel da Cunha, Angola detém a nível da região o segundo maior reservatório de água, "com rios e muitas bacias hidrográficas, um clima que permite produzir durante todo o ano e pluviometria bastante elevada".
"Temos um clima bom, todas essas potencialidades pretendemos agora que sejam transformadas em verdadeiras riquezas para o país".
No fórum de lançamento de uma parceria de produção entre França e Angola no setor agrícola e agroalimentar, que decorre até sexta-feira na capital angolana, o secretário de Estado angolano referiu que o setor agrícola em Angola "está em franco desenvolvimento" e constitui "a base de desenvolvimento".
"O Presidente da República, João Lourenço, tem definido no seu programa o desenvolvimento da agricultura como o setor-chave e assim está a ser feito", disse.
"Convidamos para esta grande empreitada os empresários franceses, o nosso país está aberto, foram feitas melhorias significativas para que o ambiente de negócios seja cada vez melhor", notou.
Mais de 30 empresários franceses do setor agrícola e agroalimentar participam no fórum, juntamente com dezenas de empresários angolanos, numa ação que procura igualmente novas parcerias e solidificação de outras.
O presidente do conselho de administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) angolana, Lello João Francisco, destacou as reformas no setor macroeconómico em Angola e no ambiente de negócios, referindo que o país atingiu "estabilidade fiscal".
"Foram também feitas importantes reformas no quadro do ambiente de negócios, temos uma nova Lei do Investimento Privado, que essencialmente visa facilitar o investimento, mas sobretudo facilitar a interação entre os empresários angolanos e empresários estrangeiros", frisou.
Empresários franceses dos setores da transformação de proteína animal, produção de sementes, leite, produtos de irrigação agrícola e outros já com experiência no continente africano, que participaram neste primeiro dia do fórum, manifestaram disposição em estabelecer parcerias em Angola.
O Forum, que decorre no Museu da Moeda, em Luanda, deve contar na sexta-feira com a presença do chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, que chega à capital angolana no princípio da noite desta quinta-feira.
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