"Faz parte da investigação. A polícia apreendeu (...) todos os documentos que podem ajudar na investigação", disse o porta-voz sobre o acidente de terça-feira, ao qual está atribuído um erro do chefe da estação Larissa, a cidade mais próxima do local da colisão.
Uma fonte judicial também explicou à Agência France Presse (AFP) que a investigação pretende "iniciar processos criminais, se necessário, contra membros da administração" da empresa Hellenic Train, a companhia de caminhos de ferro gregos, propriedade da empresa pública italiana Ferrovie Dello Stato Italiane (FS).
Confirmou igualmente que foram apreendidos "arquivos de áudio, documentos e outras evidências que podem ajudar a esclarecer o caso e atribuir responsabilidades criminais".
O governo fez o seu 'mea culpa' na quinta-feira sobre as falhas "crónicas" da rede ferroviária que levaram à tragédia, uma das mais graves ocorridas até hoje na Grécia.
A justiça quer entender como é que um comboio que transportava 342 passageiros e 10 trabalhadores ferroviários pode ter sido autorizado a seguir pela mesma via única de um comboio de mercadorias, colidindo de frente.
De facto, os comboios circularam vários quilómetros na mesma via, que liga Atenas a Thessaloniki (norte), as duas maiores cidades gregas, antes de chocarem de frente na terça-feira, pouco antes da meia-noite.
As autoridades admitem que o número de vítimas mortais pode vir a aumentar.
O acidente de terça-feira provocou igualmente mais de uma centena de feridos, 48 dos quais ainda se encontram hospitalizados, a maioria na cidade de Larissa, no centro do país.
O ministro dos Transportes grego, Costas Karamanlis, demitiu-se após o acidente e o seu substituto foi encarregado de abrir um inquérito independente para apurar as causas.
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