Numa curta declaração aos jornalistas após um encontro com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, no Palácio Presidencial em Luanda, o chefe de Estado angolano assinalou que a visita, apesar de breve, reveste-se de alto significado, já que foi aproveitada para relançar e estreitar os laços de amizade e cooperação entre os dois países.
Luanda foi a segunda etapa do périplo africano do Presidente francês, que segue agora para a República do Congo e termina o dia na Republica Democrática do Congo (RDCongo).
Em Luanda, foram assinados na presença dos dois chefes de Estado quatro instrumentos no domínio da cooperação e João Lourenço reiterou o interesse em cooperar nos domínios de agricultura, agua e pecuária, transformação de produtos do campo, pescas, turismo e energia.
"Contamos também com a França para a transição energética e fontes amigas do ambiente", sublinhou, assinalando que "Angola fez esta aposta há algum tempo" e conta com 'know-how' francês e investimento de empresas francesas neste domínio.
Os investimentos franceses em Angola totalizam 7,6 mil milhões de euros, tornando a França no segundo maior investidor estrangeiro no país africano, depois dos Estados Unidos da América, segundo dados oficiais.
O investimento está associado sobretudo ao setor petrolífero, já que a multinacional francesa Total, presente há vários anos no país é também um dos principais empregadores do setor privado.
João Lourenço destacou também as parcerias que França tem com Angola nos campos de educação e ensino superior e que pretendem dar continuidade, indicando o mais recente projeto da escola 42 "que é de inspiração francesa".
"Não pudemos visitar por que obra não esta concluída mas fica para uma próxima oportunidade", acrescentou o Presidente angolano.
Dirigindo-se ao seu homólogo, João Lourenço realçou que França "tem em Angola um parceiro neste continente africano" com quem coopera e vai cooperar em praticamente todos os domínios "incluindo paz e segurança", não apenas no continente, mas no resto do mundo.
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