O pedido da ONU foi formalmente transmitido a 01 de março à missão diplomática italiana em Genebra, Suíça, depois de o advogado de Cospito, Flavio Rossi Albertini, ter denunciado à Comissão da ONU para os Direitos Humanos as circunstâncias em que está encarcerado o seu cliente, noticiou o diário italiano La Repubblica.
Em resposta, a Comissão emitiu uma "medida paliativa" solicitando a Itália que aja em concordância com os artigos 7.º e 10.º da Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que proíbem o tratamento degradante de pessoas privadas de liberdade.
Alfredo Cospito, que cumpre pena por uma agressão a um empresário em 2012 e um ataque a uma esquadra de polícia em 2006, iniciou a greve de fome para pedir que os seus crimes não sejam classificados como terrorismo, já que isso abre caminho a um regime penitenciário mais duro, equivalente ao dos líderes da máfia.
A sua reivindicação traduziu-se também em protestos nas ruas, e as autoridades estão a investigar a possível relação do caso com ataques a instalações diplomáticas de Itália no estrangeiro.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros italiano, Antonio Tajani, condenou "a violência contra o Estado e as autoridades" do país.
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