O serviço 'Quero Viver', instalado em setembro de 2022, já permitiu a quase 10 mil soldados russos entregar-se voluntariamente às forças ucranianas, avançou a Sede de Coordenação da Ucrânia para o Tratamento de Prisioneiros de Guerra num relatório, no Telegram.
A linha telefónica direta, que funciona 24 horas por dia, permite que os soldados russos se entreguem voluntariamente ao exército ucraniano. O pessoal militar russo, garantem os ucranianos, é mantido em conformidade com as Convenções de Genebra.
Além da linha telefónica, existe também um 'chatbot' e um website em russo administrado pelo Ministério da Defesa da Ucrânia, que inclui informações sobre o programa.
O mesmo relatório dá conta de 14 milhões de visitar ao site desde que foi lançado, a maioria das quais de famílias de soldados na Rússia, apesar de o Kremlin ter bloqueado o site em outubro do ano passado.
Já em dezembro, o representante da Diretoria de Inteligência do Ministério da Defesa ucraniano, Andriy Yusov, revelou que a linha telefónica tinha recebido um total de 1,7 milhões de chamadas, o que se traduz em mais de 100 pessoas por dia.
A 24 de fevereiro de 2022, a Rússia invadiu a Ucrânia com o objetivo de "desnazificar" o país, causando um conflito armado que já resultou na morte de mais de 8 mil civis, segundo a ONU. A comunidade internacional tem criticado fortemente o Kremlin pelas ações de guerra, avançando com vários pacotes de sanções ao governo russo e a vários oligarcas do país.
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