Com cerca de 90% dos votos contados, o Partido Reformista estava na frente (31,9%), seguido pelo EKRE (extrema-direita, 15,2%) e pelo Partido do Centro (centro-esquerda, 14,5%).
Os resultados preliminares sugerem que seis partidos ultrapassaram o limite de 5% de apoio necessário para estarem no parlamento, incluindo o recém-formado Eesti 200, um partido liberal de centro.
Ao todo, nove partidos apresentaram candidatos para os 101 assentos do parlamento.
Mais de 900 mil pessoas puderam votar nestas eleições, sendo que quase metade fê-lo antecipadamente.
As mesas de voto encerraram às 20:00 locais (18:00 em Lisboa) e, segundo a Comissão Eleitoral, a taxa de participação foi de 63,7%.
Membro da União Europeia (UE) e da NATO, a Estónia, que tem 1,3 milhões de habitantes, encabeçou os apelos internacionais, em 2022, para aumentar a ajuda militar à Ucrânia face à invasão da Rússia.
A ajuda militar da Estónia à Ucrânia representa atualmente mais de 1% do seu Produto Interno Bruto (PIB), o que corresponde à contribuição mais importante de qualquer país em relação ao tamanho da sua economia.
O partido de extrema-direita EKRE fez campanha contra a ajuda militar suplementar a Kiev e pediu para que não fossem aceites mais refugiados ucranianos por parte da Estónia.
As eleições decorreram também no contexto de uma situação económica difícil no país, que tem uma das taxas de inflação mais elevadas da UE, de 18,6%.
Popular entre empresários e jovens profissionais, o Partido Reformista prometeu suportar os gastos militares em pelo menos 3% do PIB e aliviar a fiscalidade das empresas, e quer aprovar uma lei sobre a união de facto para homossexuais.
O Partido do Centro, tradicionalmente popular junto da minoria russófona da Estónia, que representa um quarto da população do país, apoiou a política do Governo em relação à Ucrânia e à Rússia, o que terá afastado algum do seu eleitorado.
Kaja Kallas, de 45 anos, tornou-se primeira-ministra da Estónia em 2021. O partido de Kallas lidera o atual Governo de coligação com o pequeno partido conservador Pátria (Isamaa) e os sociais-democratas.
A Estónia, que faz fronteira com a Rússia, separou-se em 1991 da então União Soviética.
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