Num comunicado, o Exército israelita refere que detonou o dispositivo e que, de imediato, retaliou com uma ação de bombardeamento a posições do Hamas na Faixa de Gaza, sem adiantar mais pormenores.
Segundo as FDI, citadas pelo jornal 'The Times of Israel', os soldados de Israel estavam a realizar "operações de rotina" no lado oeste da cerca, construída em território israelita, quando detetaram o engenho.
Para realizar o ataque, o exército de Telavive pediu aos colonos israelitas para se retirarem temporariamente da região.
O ataque ocorreu horas depois de o Exército israelita ter alertado para o lançamento "fracassado" de um 'rocket' da Faixa de Gaza em direção a Israel, que levou a soar os alarmes de ataque aéreo.
O 'rocket', que, aparentemente, explodiu ainda dentro da Faixa de Gaza, foi lançado um dia após as forças israelitas terem realizado uma operação na Cisjordânia ocupada que provocou a morte de seis palestinianos.
"Foi identificado o lançamento de um 'rocket' que parece ter explodido dentro da Faixa de Gaza", disse um porta-voz do Exército israelita, sublinhando que as sirenes antiaéreas foram ativadas em Nir Am, uma cidade israelita perto do enclave palestiniano.
Na terça-feira, as forças israelitas invadiram o campo de refugiados de Jenin, um reduto da resistência armada palestiniana no norte da Cisjordânia ocupada, em busca do suposto autor de um ataque que matou dois colonos judeus em 26 de fevereiro, perto da cidade palestiniana de Huwara.
Durante a operação, as forças israelitas mataram o suposto agressor e outros cinco militantes, além de ferir outras 20 pessoas, duas destas gravemente.
Esta foi a operação israelita mais mortal na Cisjordânia desde o início de 2023, período de aumento da violência no contexto do conflito israelo-palestiniano.
Na terça-feira, as autoridades israelitas declararam-se em estado de alerta devido ao receio de represálias pela operação em Jenin, cujo objetivo prioritário era deter o alegado autor do ataque em Huwara, identificado como Abd al Fatah Husein Ibrahim Garusha, de 49 anos.
Segundo agentes israelitas, Garusha era membro do movimento islâmico Hamas, que governa de facto a Faixa Gaza e cujo braço armado é considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
O primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Shtayeh, classificou a operação israelita como um "massacre horrível" e pediu aos Estados Unidos que intervenham para impedir a destruição de cidades, vilas e campos de refugiados palestinianos pelas forças de Israel, segundo a agência de notícias palestiniana WAFA.
Este ano, pelo menos 71 palestinianos foram mortos em confrontos e outros incidentes violentos com Israel. Do lado israelita, 14 pessoas foram mortas por ataques de palestinianos no mesmo período.
Israel assumiu o controlo da Cisjordânia em 1967 e mantém uma ocupação militar deste território, que é uma das mais longas da história recente.
Leia Também: Alarmes soam em Israel após lançamento falhado de foguete de Gaza