"Os participantes congratularam-se com os progressos realizados", indicou a Aliança atlântica no final do encontro entre representantes dos três países e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.
A reunião esteve incluída no mecanismo conjunto permanente estabelecido pelo memorando trilateral assinado à margem da cimeira da NATO de Madrid em junho de 2022.
Esta foi a terceira reunião desta plataforma e ficou decidido organizar outro encontro antes da cimeira aliada de Vilnius em julho, para "prosseguir a cooperação neste formato".
"A Finlândia e a Suécia deram passos sem precedentes para abordar as legítimas preocupações turcas em termos de segurança. Chegou o momento de todos os aliados concluírem o processo de ratificação e darem as boas-vindas à Finlândia e Suécia como membros de pleno direito da Aliança antes da próxima cimeira da NATO em Vlinius", a capital da Lituânia, indicou a organização militar em comunicado.
"As partes concordaram de que foi histórica a decisão de convidar a Finlândia e Suécia a tornarem-se membros da NATO. Também coincidiram em que a rápida ratificação da Finlândia e Suécia será do interesse de todos, e que o seu ingresso reforçará a Aliança", concluiu o comunicado.
Apenas a Turquia e Hungria, entre 30 aliados, ainda não ratificaram a entrada da Finlândia e Suécia, que desde junho garantem o estatuto de "convidados" da Aliança que permite participarem nas suas iniciativas, apesar de ainda não estarem legalmente abrangidos pelo princípio da defesa coletiva em caso de ataque contra um ou vários membros do conclave militar.
Os representantes turco, finlandês e sueco discutiram hoje os passos concretos efetuados para a aplicação do memorando trilateral.
O texto prevê que não devem existir restrições à exportação de armamento entre os três signatários, para além de um significativo reforço da cooperação antiterrorista.
Neste sentido, a Suécia prepara-se para endurecer a legislação antiterrorista, incluindo contra o proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão, a guerrilha curda da Turquia.
Hoje, o Governo apresentou perante o parlamento em Estocolmo uma moção que reforça as leis antiterroristas, com o objetivo de criminalizar a colaboração com organizações terroristas, um projeto que está a ser negociado há seis anos e que o atual Governo de coligação das direitas suecas pretende aprovar em junho.
A alteração na legislação pretende punir ações como guardar material de grupos terroristas, organizar reuniões ou ajuda no transporte dos seus membros.
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