Governo italiano acusa Grupo Wagner de promover viagens de migrantes

O atual movimento de migrantes que procuram chegar preferencialmente a Itália deve-se à atividade do grupo de mercenários russos Wagner em África, acusaram hoje os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa italianos.

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© Getty Images

Lusa
13/03/2023 23:51 ‧ 13/03/2023 por Lusa

Mundo

Grupo Wagner

As acusações de Antonio Tajani e Guido Crosetto já foram rejeitadas pelo líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin.

Crosetto tinha dito que as saídas dos migrantes para Itália eram devidas, pelo menos em parte, à estratégia desenvolvida pelo Wagner em vários países africanos.

O Wagner, que tem estado em destaque noticioso pelo seu envolvimento na invasão russa da Ucrânia, está ativo em países africanos, como Mali, República Central Africana, Sudão, Síria e Líbia, onde está a apoiar o homem forte do leste, o general Khalifa Haftar.

"Parece-me que é seguro dizer que o aumento exponencial do fenómeno migratório proveniente das costas africanas é também, em dimensão significativa, parte de uma estratégia clara da guerra híbrida que o Wagner, mercenários pagos pela Federação Russa, está a realizar, usando o seu peso considerável em alguns países africanos", disse Crosetto.

Prigozhin contestou as acusações e, em relação a Crosetto, disse que este "deveria tratar dos seus próprios problemas, que provavelmente não está a conseguir resolver, em vez de olhar para outras direções", e classificou-o mesmo como um "mudak", uma palavra russa que significa testículo, mas que é usada de forma insultuosa.

Leia Também: Rússia "prioriza" gastar soldados Wagner em Bakhmut e afasta Prigozhin

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