As acusações de Antonio Tajani e Guido Crosetto já foram rejeitadas pelo líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin.
Crosetto tinha dito que as saídas dos migrantes para Itália eram devidas, pelo menos em parte, à estratégia desenvolvida pelo Wagner em vários países africanos.
O Wagner, que tem estado em destaque noticioso pelo seu envolvimento na invasão russa da Ucrânia, está ativo em países africanos, como Mali, República Central Africana, Sudão, Síria e Líbia, onde está a apoiar o homem forte do leste, o general Khalifa Haftar.
"Parece-me que é seguro dizer que o aumento exponencial do fenómeno migratório proveniente das costas africanas é também, em dimensão significativa, parte de uma estratégia clara da guerra híbrida que o Wagner, mercenários pagos pela Federação Russa, está a realizar, usando o seu peso considerável em alguns países africanos", disse Crosetto.
Prigozhin contestou as acusações e, em relação a Crosetto, disse que este "deveria tratar dos seus próprios problemas, que provavelmente não está a conseguir resolver, em vez de olhar para outras direções", e classificou-o mesmo como um "mudak", uma palavra russa que significa testículo, mas que é usada de forma insultuosa.
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