Kyiv denuncia condenação de ativista tártaro por tribunal militar russo
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia denunciou quarta-feira a condenação, por um tribunal militar russo, a 10 anos de prisão do ativista tártaro Ametkhan Abdulvapov, de nacionalidade ucraniana, detido em fevereiro de 2022 na Crimeia.
© GENYA SAVILOV/AFP via Getty Images
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Em comunicado, o Ministério afirma que "que a situação dos direitos humanos na Crimeia está a deteriorar-se constantemente" devido "ao medo dos ocupantes que se desenvolva um movimento de resistência" em este território ucraniano ocupado pela Federação Russa desde 2014.
Abdulvapov tinha sido detido com outros tártaros da Crimeia acusados de pertencer à organização islamita Hizb ut-Tahrir, legal na Ucrânia, mas considerada terrorista na Federação Russa.
Abdulvapov negou todas as acusações de extremismo que lhe foram feitas.
A Hizb ut-Tahrir é uma organização pan-islamista presente em todo o mundo, tendo já sido proibida na Alemanha e vários Estados árabes e islâmicos.
Kyiv denuncia a ilegalidade de os ocupantes russos deterem e julgarem cidadãos ucranianos em território que é parte legal da Ucrânia.
Segundo Kyiv, na Crimeia ocupada pelos russos há mais de 180 presos políticos, na sua maioria de origem tártara.
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