O presidente russo, Vladimir Putin, falou, esta segunda-feira, sobre as sanções de que a Rússia tem sido alvo no âmbito da invasão à Ucrânia, defendendo que as suas consequências também trazem "grandes oportunidades".
Esta declaração do chefe de Estado da Rússia foi feita durante uma reunião do conselho do Ministério do Interior da Rússia.
"O nosso negócio, a nossa economia estão a enfrentar muitas tarefas, incluindo a chamada substituição de importações, mas já num sentido bastante amplo da palavra. Estamos a lidar com isso todos os dias. Sabemos que temos que produzir por conta própria o que poderia ser comprado recentemente", notou Putin, segundo cita a agência estatal russa TASS.
"Existem desafios, mas também grandes oportunidades para a economia", acrescentou, referindo ainda que a taxa de desemprego na Rússia caiu para um recorde de 3,6%.
Recorde-se que, desde o início da guerra na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, a comunidade internacional - que tem condenado duramente a invasão - respondeu com envio de armamento para Kyiv e imposição de sanções políticas e económicas à Rússia.
Numa altura em que Xi Jinping, presidente da China, se encontra em Moscovo, o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) já havia antecipado que "provavelmente" serão discutidos "esquemas de evasão de sanções" com Putin.
Anteriormente, o ISW já tinha avançado, também, que o presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, e Xi haviam assinado um pacote de 16 acordos a 1 de março que poderiam facilitar a evasão às sanções russas através da canalização de produtos chineses pela Bielorrússia.
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