Usar urânio empobrecido? "Haverá resposta assustadora. Servirá de lição"

O presidente bielorrusso lembrou que a "Rússia tem muito mais do que apenas urânio empobrecido", tem "munições de urânio verdadeiras".

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Notícias ao Minuto
22/03/2023 23:52 ‧ 22/03/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Alexander Lukashenko

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, alertou, esta quarta-feira, que a Rússia “dará uma resposta assustadora” à Ucrânia, caso o país use as munições com urânio empobrecido que serão enviadas pelo Reino Unido.

“Assim que estas munições atingirem as posições das tropas russas, verão que haverá uma resposta assustadora. Servirá de lição para todo o planeta”, disse o responsável bielorrusso, citado pela agência de notícias russa TASS.

Lukashenko lembrou ainda, durante uma visita ao Memorial de Khatyn, que a “Rússia tem muito mais do que apenas urânio empobrecido”, tem “munições de urânio verdadeiras”. 

“Se eles [Ocidente] enlouqueceram, então, estão a puxar o gatilho deste processo. E é isso que é mais assustador e perigoso. Portanto, todos precisam de dar um passo atrás em relação a esta pura loucura”, destacou.

Em causa está um anúncio de ontem do governo britânico, que decidiu entregar à Ucrânia munições fabricadas com urânio empobrecido, justificando a decisão com a necessidade de reforçar o apoio militar a Kyiv.

No mesmo dia, o presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que, a confirmar-se, a “Rússia será forçada a responder”.

Já esta quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia alertou Londres de que “esta decisão não ficará sem consequências graves, tanto para as relações bilaterais russo-britânicas como a nível internacional”.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Enviar urânio empobrecido? Moscovo alerta para "consequências graves"

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