O Ministério da Defesa do Reino Unido, no mais recente relatório com a informação dos seus serviços de inteligência, dá conta de que, desde meados deste mês de março, a "Rússia terá já destacado pelo menos 1.000 militares que realizavam treino militar no campo de Obuz-Lesnovsky, no sudoeste da Bielorrússia".
"Embora não tenha sido identificada uma nova rotação de tropas, é muito provável que a Rússia tenha deixado as tendas no local, o que sugere que considera a continuação do programa de formação" no local, dá conta o mesmo relatório.
O Ministério da Defesa da Bielorrússia destacou ainda que o "facto da Rússia estar a treinar as suas forças sob o comando do menos experiente exército bielorrusso mostra como a 'operação militar especial' da Rússia (na Ucrânia) afetou massivamente o sistema de treino dos militares russos".
A mesma fonte destacou, ainda, que a Rússia também verá o "apoio indireto continuado da Bielorrússia a essa operação" - um dos seus principais aliados, a par da China - "como uma mensagem política importante".
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 24 March 2023.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) March 24, 2023
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Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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