"A paz implica que todos devem estar na vanguarda dos esforços para a paz", disse Abiy Ahmed no parlamento, antes de sublinhar que o Governo está a trabalhar para reforçar a democracia no país, segundo o canal de televisão etíope Fana.
"Temos de pensar em reforçar estes esforços, mesmo com as suas deficiências, porque a alternativo não interessa aos etíopes", argumentou Abiy, reiterando que "embora a paz seja relativa, há muitas iniciativas em curso para alcançar uma paz duradoura".
Neste sentido, salientou que Adis Abeba está aberta a uma "solução pacífica" para o conflito com os rebeldes Exército de Libertação Oromo (OLA, na sigla em inglês), embora tenha salientado que "o setor da segurança está alerta para garantir que não haja mais derramamento de sangue enquanto o caminho do diálogo é prosseguido".
O Governo federal etíope e a Frente Popular de Libertação de Tigray (TPLF, na sigla em inglês) estão empenhados num processo de paz na sequência do acordo de cessação das hostilidades assinado em novembro na capital sul-africana, Pretória.
As autoridades da Oromia também solicitaram à OLA um processo de "reconciliação", embora não esteja em curso nenhum processo formal.
O OLA, que se separou da Frente de Libertação Oromo (OLF, na sigla em inglês) após o acordo de paz de 2018 e é aliado da TPLF na guerra na província de Tigray, reivindicou a responsabilidade por vários ataques - especialmente na Oromia - nos últimos meses.
A OLF lutou durante décadas pela secessão da região de Oromia, mas em 2018 anunciou que desistia da luta armada, aceitando a oferta de amnistia do primeiro-ministro Abiy Ahmed.
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