Cabo Verde. PR mobiliza diáspora nos EUA em 1.ª 'Presidência' no exterior
O presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, disse hoje que vai tentar mobilizar a diáspora para acelerar o processo de transformação do país durante a primeira 'Presidência' no exterior, a realizar nos Estados Unidos da América (EUA).
© Lusa
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"É a maior comunidade, é uma comunidade muito representativa, tem uma grande força económica, política, cultural e é uma diáspora que pode dar um enorme contributo qualitativo para o desenvolvimento de Cabo Verde. É nos queremos novos patamares para a contribuição da diáspora no desenvolvimento de Cabo Verde e a minha ambição é mobilizar essa diáspora para acelerarmos o processo de transformação" do país, afirmou o Presidente, durante a conferência de imprensa em que antecipou, na Praia, o objetivo da primeira 'Presidência na diáspora', que realiza nos EUA de 01 a 05 de abril.
Para o chefe de Estado, esta visita servirá igualmente para "mostrar o Cabo Verde de hoje", bem como "as perspetivas de desenvolvimento do país".
"E é necessidade de toda a República de Cabo Verde, todos os cabo-verdianos nas ilhas e na diáspora continuarem a participar ativamente na construção de um futuro muito melhor para todas e para todos no quadro da ideia de que só conseguiremos o crescimento inclusivo se empoderarmos a sociedade, empoderarmos os cidadãos e, juntos, trabalharmos para um Cabo Verde muito melhor", disse José Maria Neves, que anunciou igualmente que também pretende realizar 'presidências' nas ilhas de Cabo Verde, com o objetivo de reforçar a união entre os cabo-verdianos.
A população de Cabo Verde ronda os 500 mil habitantes, mas o Governo estimou recentemente que mais de um milhão e meio de cabo-verdianos vive na Europa e EUA, estando o sistema financeiro do arquipélago dependente das remessas desses emigrantes.
Para José Maria Neves, esta primeira 'Presidência na diáspora' é por isso "extraordinariamente" importante: "O Presidente é o traço de união do Estado de Cabo Verde e a síntese da República e o Presidente deve unir toda a nação global cabo-verdiana. Os cabo-verdianos que residem aqui nas ilhas e os cabo-verdianos que residem na diáspora" e "independentemente da religião que professa, independentemente do partido político a que pertença".
"O Presidente da República deve estar disponível para estar com todos, trabalhar com todos, estar em todos os lugares onde estão cabo-verdianos", acrescentou.
O chefe de Estado lembrou ainda que durante a visita aos EUA estará com jovens empresários, empreendedores e também empresários de ascendência cabo-verdiana para discutir o empreendedorismo na diáspora e o empreendedorismo em Cabo Verde, como forma de melhor investir e promover o investimento no país.
O Presidente da República vai também reunir-se com professores e reitores, além de empreendedores de origem ou ascendência cabo-verdiana, na Bridgewater State University (BSU).
Durante esta primeira 'Presidência na diáspora', José Maria Neves realizará no Museu da Baleia, em New Bedford, um encontro com membros da comunidade cabo-verdiana nos EUA, momento em que o chefe de Estado vai ainda condecorar personalidades, instituições e organizações representativas da diáspora.
No decreto presidencial que atribui as condecorações, José Maria Neves referiu que o "orgulho" da comunidade cabo-verdiana nos EUA "é também, e muito naturalmente, sentido e vivido em Cabo Verde".
Antes de regressar a Cabo Verde, o chefe de Estado será orador convidado, no dia 04 de abril, na Universidade de Massachusetts (UMass-Boston), nas cerimónias que marcam o XXV Aniversário do Programa académico de estudos, valorização e divulgação dos percursos e contributos de Martin Luther King e de Amílcar Cabral.
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