Moçambique quer recenseamento eleitoral em zonas de violência armada
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique disse hoje que estão a ser criadas condições para a realização do recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro nas zonas afetadas pela violência armada e cheias.
© Lusa
Mundo Moçambique
"Estamos a adaptar-nos para ultrapassarmos a questão das vias de acesso" danificadas pelas inundações e a trabalhar para que o recenseamento possa "ocorrer da melhor forma possível nos locais assolados por terrorismo", disse o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica.
Cuinica falava aos jornalistas à margem de um encontro entre aquele órgão eleitoral e representantes da sociedade civil.
Classificando como uma "preocupação" o bloqueio de estradas pelas chuvas e a insegurança nalguns distritos da província de Cabo Delgado, norte do país, devido à ação de grupos armados, o porta-voz da CNE avançou que os órgãos eleitorais estão a coordenar-se com outras instituições do Estado, no terreno, para que o registo de eleitores possa acontecer nessas áreas.
Paulo Cuinica assegurou que o material necessário para o recenseamento eleitoral já está nas capitais provinciais, para depois ser colocado nas capitais distritais.
"Os camiões [transportando o material do recenseamento eleitoral] já chegaram às capitais provinciais. Resta, neste momento, o grande desafio de o fazer chegar às capitais distritais e aos postos de recenseamento", frisou Cuinica.
Por outro lado, continuou, estão a ser formados os agentes eleitorais encarregados da realização da educação cívica eleitoral e do registo de eleitores.
O recenseamento para as eleições autárquicas vai decorrer de 20 de abril a 03 de junho e a votação está marcada para 11 de outubro, nos 65 municípios do país, incluindo 12 novos, que vão ter o escrutínio pela primeira vez.
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