"Eles não podem continuar neste caminho e acho que me fiz entender", disse o presidente norte-americano à margem de uma visita à Carolina do Norte, sublinhando que não tinha planos de convidar "a curto prazo" o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para a Casa Branca.
Mais tarde, em Washington, Joe Biden disse: "Espero que desistam", aludindo à proposta de reforma judicial, que originou forte contestação social e dividiu o país do Médio Oriente.
Questionado sobre se a democracia israelita estava num ponto de viragem, Biden afirmou que "é uma situação difícil e eles têm de encontrar uma solução".
Na segunda-feira, os Estados Unidos saudaram o anúncio da pausa no processo de aprovação da contestada reforma judicial em Israel, feito pelo primeiro-ministro israelita, indicando que este passo "dá mais tempo para encontrar um compromisso" no país.
"Continuamos a apelar aos responsáveis políticos em Israel para que encontrem um compromisso o mais rapidamente possível", disse uma porta-voz da Casa Branca Karine Jean-Pierre, numa referência à decisão de Netanyahu de suspender o projeto de reforma.
Nas últimas semanas, milhares de pessoas protestaram nas ruas de Israel contra a polémica reforma judicial do Governo israelita.
No domingo à noite, mais de 600 mil pessoas manifestaram-se espontaneamente, depois de Netanyahu ter demitido o ministro da Defesa, Yoav Gallant, por ter defendido a suspensão da reforma.
O Governo de coligação de Israel, o mais à direita desde a fundação do Estado judaico em 1948, apresentou um prazo, até julho, para concretizar os ajustamentos necessários à reforma, que a oposição e amplos setores sociais consideram uma ameaça por comprometer a independência da justiça.
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