O antigo presidente do Brasil Jair Bolsonaro regressou, esta quinta-feira, ao Brasil, depois de três meses nos Estados Unidos, tendo sido aplaudido por apoiantes no avião.
Imagens, que têm estado a ser divulgadas nas redes sociais, mostram o ex-chefe de Estado brasileiro a ser aplaudido, enquanto se mostra sorridente. No entanto, houve também alguns gritos como "mito" e "fora" entre as palmas. (Pode ver o vídeo na galeria acima)
Sublinhe-se que Bolsonaro viajou desde o Aeroporto Internacional de Orlando num voo comercial da companhia aérea brasileira Gol. O antigo presidente aterrou em Brasília, por volta das 06h49 (10h40 em Lisboa), onde era aguardado por vários apoiantes, contudo, acabou por deixar o aeroporto sem cumprimentá-los.
O ex-chefe de Estado deve participar ainda hoje num evento fechado, com a presença de familiares e aliados do Partido Liberal (PL), ao qual aderiu para disputar as presidenciais que perdeu contra Lula da Silva.
O antigo presidente brasileiro havia dito que regressa ao país para "fazer política". "Está pré-marcado, para dia 30, pousar em Brasília às 7 horas da manhã. Está quase certo. Voltar com atividade normal. Vou trabalhar com o Partido Liberal. Vamos andar pelo Brasil e fazer política. Afinal de contas, o PL é um grande partido. Nós temos como manter de pé essa bandeira do conservadorismo que levantamos ao longo de quatro anos", afirmou.
Recorde-se que Jair Bolsonaro, que continua sem reconhecer a sua derrota eleitoral para Lula da Silva, esteve em Orlando, na Flórida, desde 30 de dezembro.
O ex-presidente viajou dois dias antes do fim do seu mandato, quebrando assim a tradição de passar a faixa presidencial para o seu sucessor na Presidência, no caso Lula da Silva, o seu maior adversário político.
De notar que Bolsonaro regressa ao Brasil na véspera de 31 de março, data em que militares celebram o golpe que deu origem à ditadura militar de 1964 a 1985. O antigo chefe de Estado terá que enfrentar as múltiplas investigações abertas contra si.
Entre outras acusações, Bolsonaro é investigado por alegadamente incitar os seus seguidores mais radicais a tentarem um golpe de Estado contra Lula da Silva, em 08 de janeiro, quando seus apoiantes invadiram e destruíram as sedes do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e da Presidência da República, em Brasília.
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