Foi há precisamente um ano que as forças ucranianas tiveram conhecimento do, entretanto, intitulado Massacre de Bucha, após terem sido descobertos inúmeros corpos de civis nas ruas desta cidade nos subúrbios da capital do país, Kyiv. Isto porque foi precisamente a 31 de março de 2022 que Bucha voltou para o controlo das tropas de Volodymyr Zelensky.
De acordo com as autoridades ucranianas, aqui citadas pela Reuters, foram contabilizadas 1.137 mortes de civis nas áreas, entretanto, reconquistadas pelas forças ucranianas na região de Kyiv - 461 deles só em Bucha.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recorreu a uma publicação na rede social Telegram para assinalar esta data. "Bucha. 33 dias de ocupação. Mais de 1.400 mortes, incluindo 37 crianças. Mais de 175 pessoas foram descobertas em valas comuns e em câmaras de tortura. 9.000 crimes de guerra russos. 365 dias desde que voltou a ser, novamente, uma cidade ucraniana livre. Um símbolo das atrocidades cometidas pelo exército ocupante. Nunca iremos perdoar. Vamos punir todos os perpetradores", pode ler-se na publicação.
De momento, entidades internacionais encontram-se a recolher em Bucha, bem como noutras cidades ucranianas, provas capazes de sustentar os crimes de guerra russos que terão sido cometidos no contexto desta invasão. Em causa estão alegações que continuam a ser negadas por parte de Moscovo.
Logo nos primeiros momentos deste conflito, as forças russas apostaram na conquista da capital ucraniana, Kyiv, e de outras cidades circundantes. Porém, tal investida acabou por 'cair sobre terra', com as tropas do Kremlin a apostar nas regiões mais a sul e a este do país - onde prosseguem violentos combates.
Desde o início da guerra, que se iniciou a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.
Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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