"Trinta e dois corpos foram recuperados, incluindo aqueles que tinham procurado refúgio numa escola comunitária", disse Ongu Anngu, presidente do Conselho da Juventude de Benue, à agência de notícias espanhola EFE, por telefone, referindo-se aos deslocados que estavam a acompanhados num centro educativo na aldeia de Mgban, na cidade de Guma.
De acordo com o ativista, "um grande número de homens armados invadiu" a aldeia disparando e a maioria das vítimas foram mortas quando tentavam fugir.
Trata-se de, pelo menos, o terceiro ataque a Benue esta semana, após 53 pessoas terem sido mortas na última terça e quarta-feira, quando homens armados, também suspeitos de serem pastores Fulani, invadiram a aldeia de Umogidi no município de Otukpo.
"Passaram apenas alguns dias desde que estas pessoas lançaram o terror sobre o nosso povo e quando ainda estávamos de luto (...). Isto tem de acabar", disse.
Numa declaração emitida pelo seu porta-voz, Garba Shehu, o Presidente cessante da Nigéria, Muhammadu Buhari, condenou os ataques em Benue e "a utilização do terrorismo como instrumento em conflitos intercomunitários".
Também ordenou aos serviços secretos, à polícia e aos comandantes militares que "aumentem a vigilância em todas as frentes e que revejam imediatamente a gestão da segurança nas áreas afetadas", segundo a declaração.
Benue, um dos maiores produtores agrícolas da Nigéria, assistiu nos últimos anos à violência entre agricultores predominantemente cristãos e pastores muçulmanos Fulani por causa de terras e recursos escassos.
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