Manila garante que EUA não vão usar bases militares para atacar a China

O presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., disse hoje que as quatro novas bases militares que vão ser utilizadas pelas forças norte-americanas no arquipélago não vão servir para atacar a República Popular da China.

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Lusa
10/04/2023 09:41 ‧ 10/04/2023 por Lusa

Mundo

Filipinas

"Se ninguém nos atacar não têm de se preocupar, porque nós não os vamos atacar. A única coisa que vamos fazer é continuar a reforçar o nosso território e as nossas defesas", disse Marcos à estação de televisão ABS-CBN, referindo-se à República Popular da China.  

As afirmações de Marcos são difundidas depois da preocupação demonstrada por Pequim face à localização de uma das novas bases militares no extremo norte da ilha de Luzon, a 400 quilómetros de Taiwan (República da China).

Outra das bases, na ilha de Balac, perto de Palawan, localiza-se nas imediações de ilhas e de uma zona marítima reivindicadas por Pequim e Manila. 

O chefe de Estado filipino autorizou os Estados Unidos a utilizar as bases militares para "facilitar a ajuda" durante desastres naturais. 

As explicações de Marcos coincidem com as posições do Pentágono sobre o reforço da presença militar dos Estados Unidos nas Filipinas no âmbito "dos desastres naturais e humanitários".  

No passado dia 02 de fevereiro, as Filipinas e os Estados Unidos concordaram prolongar o Pacto de Cooperação de Defesa (EDCA, na sigla em inglês) e que prevê o uso das quatro novas bases pelas forças norte-americanas.

Os Estados Unidos já utilizam desde 2014 outras cinco bases militares no arquipélago das Filipinas. 

O reforço da presença militar dos Estados Unidos nas Filipinas ocorre num momento de tensões no Mar do Sul da China pela soberania de ilhas reclamada por Manila e Pequim e pela posição da República Popular da China em relação a Taiwan.  

  Leia Também: EUA alertam que China pode conquistar Taiwan em eleições "sem um só tiro"

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