"É um direito fundamental de um país soberano que o seu chefe de Estado realize atividades diplomáticas", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Jeff Y.J. Liu, acrescentando que a "China não tem o direito de fazer comentários sobre este assunto".
Liu acusou a China de "desafiar claramente a ordem internacional" através de "manobras provocativas" e de "minar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e na região".
O porta-voz agradeceu a "voz ativa" dos Estados Unidos num "momento crucial" e pediu a Pequim que "exerça autocontrolo e pare de coagir o povo taiwanês".
"Taiwan não vai escalar conflitos nem provocar disputas", disse Liu, embora tenha garantido que a ilha "vai defender firmemente a sua soberania e segurança nacional".
O exército chinês enviou dezenas de caças e navios de guerra para próximo de Taiwan, nos últimos dias, após o encontro entre a líder da ilha, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, na Califórnia.
A China disse ainda que mobilizou caças com "munição real" e o porta-aviões Shandong para executarem "ataques simulados" contra alvos importantes de Taiwan.
O ministério da Defesa de Taiwan condenou as manobras da China, descrevendo-as como "um ato irracional que põe em risco a segurança e a estabilidade regional".
No final da Segunda Guerra Mundial, Taiwan integrou a República da China, sob o governo nacionalista de Chiang Kai-shek. Após a derrota contra o Partido Comunista, na guerra civil chinesa, em 1949, o Governo nacionalista refugiou-se na ilha, que mantém, até hoje, o nome oficial de República da China, em contraposição com a República Popular da China, no continente chinês.
Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso Taipé declare formalmente a independência.
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