A iniciativa, com o contributo da Organização Mundial de Saúde (OMS), da Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI) e organizações não-governamentais (ONG), destina-se a crianças com menos de cinco anos nos 12 distritos mais afetados pelos sismos de fevereiro em Idlib e no norte de Alepo.
Segundo a UNICEF, 67 instalações de saúde foram destruídas pelos terramotos na região.
"Proteger as crianças mais novas e vulneráveis de possíveis surtos de doenças é crucial para salvar vidas. Sabemos, com base em anos de experiência, que as vacinas funcionam", afirmou a diretora regional da UNICEF para o Médio Oriente e Norte de África, Adele Khodr.
As operações estão a ser coordenadas a partir do escritório da OMS em Gaziantep, na Turquia.
"Colocando em prática a nossa visão de 'Saúde para Todos', em colaboração com os nossos parceiros, e vacinando crianças com menos de cinco anos, podemos prevenir o agravamento dos impactos dos terramotos", enfatizou o diretor regional da OMS para o Mediterrâneo oriental, Ahmed Al-Mandhari.
A 06 de fevereiro passado, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter e as réplicas que o sucederam devastaram regiões inteiras da Síria e da Turquia, tendo morrido pelo menos 50 mil pessoas.
As Nações Unidas estimam que mais de 08 milhões de pessoas na Síria (país envolvido numa guerra civil há mais de uma década) precisem urgentemente de ajuda, incluindo 4,1 milhões de pessoas em áreas controladas pela oposição no norte do país e quatro milhões de pessoas em áreas controladas pelo regime de Damasco.
Desde a tragédia, 2,7 milhões de pessoas foram obrigadas a abandonar as suas casas por terem sido destruídas ou terem ficado fortemente danificadas.
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