Soldados ucranianos regressaram da linha da frente de intensos combates perto de Bakhmut, no leste da Ucrânia, reportou este sábado a Reuters.
As forças russas retomaram a sua forte ofensiva contra os defensores de Bakhmut, depois de oito meses e meio de 'frente a frente' para tomar a cidade ucraniana.
Até recentemente, o grupo Wagner liderava a campanha para conquistar Bakhmut, fazendo um progresso lento e desgastante à custa de milhares de vidas em ambos os lados. Agora, as unidades russas regulares juntaram-se ao ataque.
O Ministério da Defesa da Rússia declarou hoje que o grupo de mercenários capturou mais duas áreas da cidade ucraniana de Bakhmut.
A conquista de Bakhmut resultará numa ação de relações públicas e também terá valor militar tático para Moscovo, uma vez que o controlo da cidade abrirá o caminho do exército da Rússia em direção a Kramatorsk e Sloviansk, os principais bastiões ucranianos no leste do país. No entanto, a acontecer, não deverá ser decisivo no resultado da guerra.
Por outro lado, a Ucrânia não desistiu de defender a sua "fortaleza", apesar de, nos últimos tempos, as tropas russas terem conseguido avançar nas zonas sudeste e sudoeste.
De recordar que esta região ucraniana tem sido a mais fustigada pelos combates entre as tropas de Kyiv e de Moscovo, que continuam a lutar pelo controlo total da região do Donbass.
Neste âmbito, a cidade de Bakhmut, na região de Donetsk, apresenta-se como uma das mais atacadas pela Rússia nos últimos meses, com intensos bombardeamentos, obrigando os moradores a manterem-se em abrigos ou até a abandonar a localidade.
Antes da invasão da Ucrânia, lançada há um ano por Moscovo, era o lar de cerca de 70 mil pessoas, mas agora é uma cidade fantasma, praticamente deserta e em ruínas.
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