"A China está disposta a trabalhar em conjunto com a Rússia para reforçar a comunicação estratégica entre os dois exércitos e fortalecer a coordenação e cooperação multilateral, visando fazer novas contribuições na salvaguarda da segurança e estabilidade global e regional", disse Li, citado pela agência noticiosa oficial Xinhua.
O ministro chinês acrescentou que a "confiança militar entre os dois países tem vindo a consolidar-se cada vez mais, o que se traduz em progressos substanciais em termos de cooperação".
Putin lembrou a "recente e frutífera visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia", durante a qual "o curso para o desenvolvimento das relações entre os dois países" foi traçado. O líder russo concordou em "reforçar ainda mais a coordenação estratégica e aprofundar a cooperação prática em vários campos".
Putin acrescentou que a cooperação militar desempenha um "papel importante nos laços Rússia -- China" e expressou esperança de que os dois exércitos "reforcem a cooperação em treinos conjuntos, intercâmbios profissionais e outras esferas".
A visita de Li à Rússia, que começou no domingo e termina na quarta-feira, é a convite do seu homólogo russo, Sergei Shoigu.
Durante a sua estadia, vai reunir-se com líderes militares russos e visitar academias militares, disse o porta-voz do Exército chinês Tan Kefei na semana passada.
Os militares chineses e russos "mantiveram uma interação próxima" que levou a "novos desenvolvimentos na comunicação estratégica, exercícios militares conjuntos e cooperação pragmática", disse Tan.
Esta interação "enriqueceu a parceria estratégica abrangente" entre Moscovo e Pequim, disse o porta-voz na altura.
Os militares chineses declararam no final de março que estavam "prontos para aumentar a cooperação e a comunicação" com as forças armadas russas.
Li, sancionado em 2018 pelos Estados Unidos sob a acusação de comprar armas da empresa estatal russa Rosoboronexport, foi nomeado ministro da Defesa em março deste ano.
A China afirmou ser neutra, mas mantém uma relação "sem limites" com a Rússia e recusou-se a criticar a invasão. O país criticou antes a imposição de sanções a Moscovo e culpou abertamente o alargamento da NATO pela guerra.
Num documento proposto em fevereiro passado para pôr fim ao conflito, Pequim destacou a importância de "respeitar a soberania de todos os países", numa referência à Ucrânia, mas apelou também ao fim da "mentalidade da Guerra Fria" -- um termo frequentemente usado pela China para criticar a política externa dos Estados Unidos da América.
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