Um novo juiz do tribunal de Pietermaritzburg (sudeste) decidiu dar a Zuma,81 anos, mais tempo para se preparar para o seu julgamento, depois de se ter retirado do caso em janeiro.
O juiz Nkosinathi Chili adiou o julgamento para 15 de agosto para ouvir o novo recurso de Zuma, que tenta que o procurador principal no julgamento, Billy Downer, recuse o caso, acusando-o de parcialidade e de fuga de informação para a imprensa.
O antigo chefe de Estado (2009-2018) está a ser processado por 16 acusações de fraude, corrupção e extorsão de fundos. A empresa Thales está também a ser processada por corrupção e branqueamento de capitais.
O julgamento começou em maio de 2021, após ter já acumulado um enorme atraso devido a múltiplos recursos do acusado e adiamentos obtidos pelos seus advogados, invocando razões de saúde.
Um relatório sobre a corrupção sem precedentes sob a presidência de Zuma, tão extensa que foi apelidada de "captura do Estado" pelos sul-africanos, foi divulgado no ano passado por uma comissão "ad hoc", destacando o papel central do antigo chefe de Estado no saque sistemático dos fundos públicos.
Numa audiência realizada em julho de 2021, um procurador, Wim Trengove, exclamou que o julgamento estava a parecer uma batalha de "Estalinegrado, época 27".
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