Este novo ataque, parte de uma série de ofensivas dos EUA com o objetivo de decapitar o EI após a sua derrota na Síria em 2019, foi realizado numa área controlada por grupos armados pró-turcos, no norte do país.
Dois outros "indivíduos armados" foram mortos neste ataque de helicóptero, de acordo com um comunicado de imprensa do comando militar dos Estados Unidos para o Médio Oriente (Centcom).
Mais tarde, o Centcom esclareceu que o alvo foi um líder sénior do EI na Síria, identificado como Abdel Hadi Mahmoud al-Haji Ali, que planeava ataques "terroristas" no Médio Oriente e na Europa.
A identidade das outras duas pessoas mortas não foi revelada, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Nenhum civil ou membro das forças norte-americanas foi morto ou ferido durante a operação, garantiu a mesma fonte.
Um grupo turco implantado na região de Soueida, onde ocorreu o ataque, não muito longe da fronteira com a Turquia, disse que dois dos seus combatentes que se deslocaram para o local foram mortos.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que possui uma extensa rede de fontes na Síria, "ocorreram confrontos violentos durante o ataque em que dois projéteis atingiram o prédio onde estava membro do ISIS [um acrónimo do grupo radical EI]".
Este último e dois outros combatentes foram mortos, referiu este observatório com sede no Reino Unido, acrescentando que o líder do EI visado era de Manbij, uma região mais ao sul controlada por forças curdas.
O OSDH destacou ainda que ao sair da prisão em Manbij, este líder do EI fugiu para Soueida há seis meses, onde foi protegido por um grupo pró-turco implantado nesta região perto da fronteira.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, referiu à AFP que após a derrota territorial do EI, muitos 'jihadistas' juntaram-se a grupos rebeldes pró-turcos presentes no norte da Síria.
Também hoje moradores de Soueida disseram a um jornalista da AFP que um líder do EI foi morto enquanto tentava fugir e que o seu corpo foi entregue a um de seus irmãos.
Os Capacetes Brancos da Síria, um grupo de defesa civil que opera em áreas controladas pela oposição no norte da Síria, adiantou que transportou duas pessoas feridas durante o ataque para um hospital local, divulgando mais tarde que tinham morrido.
A mesma fonte acrescentou que uma terceira pessoa foi morta durante o ataque norte-americano.
Apesar de sua derrota territorial, o EI ainda realiza ataques na Síria. Este grupo terrorista atacou novamente pastores e pessoas que colhiam trufas no deserto no domingo, matando mais de quarenta pessoas.
O Exército norte-americano, por sua vez, realizou vários ataques nos últimos anos contra líderes do grupo 'jihadista' na Síria.
No início de abril, os EUA anunciaram que mataram um líder do EI responsável por ataques na Europa, que identificou como Khaled Aydd Ahmad al-Jabouri.
O EI reivindicou a responsabilidade por uma série de ataques mortais na Europa durante o seu período no poder, quando controlava grandes áreas na Síria e no Iraque.
Em outubro de 2019, Washington anunciou a morte do líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, durante uma operação norte-americana. Seus dois sucessores também foram mortos na Síria, em fevereiro e novembro de 2022.
Desencadeada em 2011, a guerra na Síria já matou cerca de 500 mil pessoas, devastou a infraestrutura do país e deslocou milhões de pessoas.
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