NATO alerta para proliferação nuclear da China "sem transparência"
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, alertou hoje para a proliferação do armamento nuclear em todo o mundo, em particular na China, que está a aumentar o "arsenal nuclear sem qualquer transparência".
© Omar Havana/Getty Images
Mundo NATO
"A NATO [...] vai ser uma aliança nuclear enquanto houver ameaças nucleares", sustentou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), por videoconferência, no arranque da 18.ª Conferência Anual da NATO sobre o Controlo de Armas, Desarmamento e a Não-proliferação de Armas de Destruição Maciça.
Jens Stoltenberg considerou que, no imediato, a Rússia é a principal ameaça dos 31 Estados-membros que compõem a NATO e que a invasão à Ucrânia, há mais de um ano, "faz parte de um longo padrão de comportamentos agressivos" por parte de Moscovo.
O aumento da "retórica nuclear provocadora" -- "ignorando, violando e abandonando a maior parte dos acordos de não-proliferação que mantinham o mundo seguro" -- faz parte de uma estratégia da Rússia para "impedir os aliados da NATO de ajudar a Ucrânia", completou Stoltenberg.
Contudo, Moscovo não é a única preocupação: "A China está a aumentar o seu arsenal nuclear sem qualquer transparência."
O secretário-geral da Aliança Atlântica nomeou os quatro países cuja proliferação nuclear mais preocupa os Estados-membros e o mundo: China, Rússia, Irão e Coreia do Norte.
O propósito, acrescentou, deveria ser um compromisso de desnuclearização e um caminho para uma paz duradoura e, na ótica do secretário-geral, a NATO "desempenha um papel importante nesse esforço".
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