Bulgária impõe proibição temporária a importação de cereais ucranianos

A decisão búlgara surge depois de a Eslováquia, Polónia e Hungria terem já introduzido regras semelhantes.

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Notícias ao Minuto
19/04/2023 11:55 ‧ 19/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

A Bulgária tornou-se no mais recente país a introduzir uma proibição temporária à importação de cereais ucranianos, excetuando os que estão em trânsito. O anúncio foi feito por Galab Donev, o primeiro-ministro búlgaro, em declarações à Radio Bulgaria, citadas pela Reuters.

"Durante o último ano, uma quantidade significativa de alimentos permaneceu no país e causou perturbações às cadeias alimentares", argumentou o chefe de governo da Bulgária.

Tal levou o executivo nacional a tomar medidas, explicou ainda Galab Donev: "Somos forçados a adotar esta medida nacional visto que as autoridades europeias ainda estão a considerar o que será uma medida adequada (a tomar neste âmbito)".

Na sequência desta decisão, o primeiro-ministro búlgaro deixou ainda uma garantia: "Continuamos solidários com a Ucrânia, mas a falência dos agricultores búlgaros não contribuirá para esta causa".

A decisão búlgara surge depois de a Eslováquia, Polónia e Hungria terem já introduzido regras semelhantes, na sequência de alegações que davam conta de que a importação de cereais ucranianos estaria a prejudicar o negócio dos produtores locais.

De recordar ainda que cinco países - Polónia, Eslováquia, Hungria, Bulgária e Roménia - escreveram uma carta neste sentido à Comissão Europeia, pedindo medidas de proteção para limitar as importações agrícolas provenientes da Ucrânia. Isto porque, elaboram, o grande fluxo de cereais e produtos alimentares que entram no mercado do bloco europeu a partir do país invadido pela Rússia levou a uma queda nos preços desses bens e infligiu danos extensivos às empresas agroalimentares locais.

Desde o início da guerra, a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, cerca de 8.500 civis já morreram, ao passo que mais de 14 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Leia Também: Hungria restringe produtos ucranianos para proteger produção nacional

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