Manila indicou que Qin vai encontrar-se no sábado com o Presidente filipino, Ferdinand Marcos Jr., após uma reunião com o seu homólogo filipino, Enrique Manalo.
Esta visita do chefe da diplomacia chinês coincide com a realização pelas Filipinas e os Estados Unidos de grandes manobras militares, nas quais participam 18.000 efetivos e que decorrerão até 28 de abril.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino declarou, num comunicado, que os temas a abordar serão "questões de segurança regional de interesse mútuo".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, declarou hoje que esta visita tinha como objetivo "reforçar a confiança mútua".
Os dois países disputam a soberania sobre ilhas situadas no mar do Sul da China: Pequim reivindica a quase totalidade da rota navegável e para lá destaca centenas de navios para patrulhar essas águas e ocupar ilhotas e recifes.
O Governo chinês ignorou uma decisão emanada em 2016 de um tribunal internacional segundo a qual as suas reivindicações não assentam em qualquer base jurídica.
O antecessor de Qin, Wang Yi, foi o primeiro MNE a visitar Ferdinand Marcos Jr., no ano passado, classificando a sua eleição, em junho, como uma "nova página" que originaria uma "nova era de ouro nas relações bilaterais" entre a China e as Filipinas.
Desde então, no entanto, Marcos aproximou-se dos Estados Unidos e em maio reunir-se-á com o Presidente norte-americano, Joe Biden, para debater o reforço da aliança histórica entre os respetivos países.
Manila e Washington acordaram recentemente a retomada de patrulhas marítimas conjuntas no mar do Sul da China e o aumento da presença das forças norte-americanas nas Filipinas.
Apesar de o exército filipino ser um dos mais fracos da Ásia, a proximidade de Taiwan e suas águas circundantes fazem dele um parceiro fundamental para os Estados Unidos em caso de conflito com a China.
Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros filipino, a visita de Qin surge na sequência da visita de Marcos a Pequim, em janeiro, durante a qual foi acordada com o Presidente chinês, Xi Jinping, uma gestão "amigável" dos diferendos.
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