Chegou de Los Angeles sob a vigilância de agentes da Interpol, que o entregaram à polícia e procuradores peruanos, segundo imagens difundidas por televisões do Peru.
Toledo, de 77 anos, governou o Peru de 2001 a 2006, e era procurado pela justiça peruana desde 2018.
É acusado de ter recebido dezenas de milhões de dólares da construtora brasileira Odebrecht, no centro de um grande escândalo na América do Sul, em troca da obtenção de contratos públicos.
Na sexta-feira, o ex-governante, que residia há vários anos nos Estados Unidos, apresentou-se no tribunal de São José, na Califórnia, para ser detido com vista à sua extradição, depois de ter esgotado todos os recursos possíveis contra esta decisão.
No Peru, depois de comparecer perante um juiz e ser submetido a um exame médico, Alejandro Toledo deverá ser detido na prisão de Barbadillo, situada no interior do quartel da Direção de Operações Especiais da Polícia, onde estão detidos os ex-presidentes Pedro Castillo (2021-2022) e Alberto Fujimori (1990-2000).
Toledo será mantido em prisão preventiva por 18 meses a aguardar a abertura do seu processo.
O ex-presidente foi detido em 2019 nos Estados Unidos, onde morava, depois de ter trabalhado na Universidade de Stanford.
Inicialmente foi colocado em prisão domiciliária na sua casa em São Francisco, com a obrigação de usar pulseira eletrónica.
Alegando inocência, o ex-governante tentou vários recursos para evitar a extradição. O último possível foi rejeitado na quinta-feira.
Alejandro Toledo faz parte de uma lista de ex-chefes de Estado peruanos processados ou condenados por corrupção em vários casos: Alberto Fujimori (1990-2000), Ollanta Humala (2011-2016), Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), Martin Vizcarra (2018-2020) e Pedro Castillo (2021-2022).
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