Os militares afirmam que Al-Bashir, o antigo ministro da Defesa Abdel-Rahim Muhammad Hussein e outros antigos funcionários foram transferidos para o hospital Aliyaa, gerido pelos militares, antes do início dos confrontos em todo o país, a 15 de abril.
Al-Bashir foi deposto em 2019, no meio de uma revolta popular. Tanto Al-Bashir como Hussien são procurados pelo Tribunal Penal Internacional por acusações de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra relacionados com o conflito de Darfur.
Os combates que começaram a 15 de abril opõem forças do general Abdel Fattah al-Burhan, líder de facto do país desde o golpe de Estado de 2021, e um ex-adjunto que se tornou um rival, o general Mohamed Hamdan Dagalo, que comanda o grupo paramilitar RSF.
O balanço provisório do conflito indica que há mais de 420 mortos e 3.700 feridos, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Os confrontos começaram devido a divergências sobre a reforma do exército e a integração das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) no exército, parte do processo político para a democracia no Sudão após o golpe de Estado de 2021.
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