"Rússia pode ter esperança de importar russos para áreas da Ucrânia"

O 'think thank' norte-americano Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) reitera ainda que a ideia de "limpeza étnica" levada a cabo pela Rússia foi confirmada esta semana pela vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar.

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Notícias ao Minuto
27/04/2023 16:53 ‧ 27/04/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) analisou, esta quinta-feira, a "campanha deliberada de despovoamento" que a Rússia parece estar a levar a cabo nas áreas ocupadas da Ucrânia.

De acordo com o 'think thank' norte-americano, tudo indica que Moscovo está também a tentar repovoar estas áreas com cidadãos russos.

"A Rússia pode ter esperança de importar russos para preencher as áreas despovoadas da Ucrânia, por forma a integrar as áreas ocupadas na Rússia, na medida social, administrativa, política e económica", escrevem os responsáveis do ISW num relatório publicado hoje.

Segundo os especialistas, esta estratégia pode "complicar as condições" para a eventual reintegração destes territórios na Ucrânia.

No relatório, o ISW reitera ainda que estas campanhas de despovoamento e repovoamento "podem ser equivalentes a um esforço de limpeza étnica deliberado e uma aparente violação da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio", adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, e em vigor desde o início de 1951.

O 'think thank' nota ainda que esta ideia da "limpeza ética foi confirmada ainda esta semana pela vice-ministra da Defesa da Ucrânia, Hanna Malyar, que, na quarta-feira, referiu que Moscovo "estava a tentar mudar a composição étnica" levando a cabo uma transferência das pessoas mais pobres e que vivem em zonas remotas da Rússia para território ucraniano.

Ainda durante a sua análise, os os analistas referem que comentários feitos por alguns oficiais russos nos últimos tempos continuam a mostram uma "ansiedade generalizada sobre potenciais ações contraofensivas ucranianas".

"A retórica cada vez mais desanimada e em pânico de fugiras proeminentes sugere que o espaço de informação russo ainda não estabelecer uma linha sobre como abordar preocupações significativas e crescentes sobre o futuro", remataram.

Leia Também: Moscovo retalia e recusa visto consular a jornalista Evan Gershkovich

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