Os serviços secretos da Ucrânia terão tentado assassinar o presidente russo, Vladimir Putin, no passado domingo, com recurso a um drone kamikaze.
Ainda que falhada, esta alegada tentativa de assassinato está a ser encoberta pelo Kremlin, segundo avançou o jornal alemão Bild, na quarta-feira.
O alvo seria um parque industrial recém-construído, perto de Moscovo, que Putin deveria visitar.
Aliás, segundo os meios de comunicação russos, um drone UJ-22 terá caído perto de Voroskogo, a cerca de 20 quilómetros do Parque Industrial Rudnevo.
De acordo com o Kremlin, Putin estaria a planear uma visita ao local, tendo transeuntes publicado imagens nas redes sociais dos preparativos, que incluíram pintar o terreno de verde e aplicar uma camada de cimento em frente ao edifício principal.
The lawn was painted green in preparation for the arrival of #Putin in Moscow's Rudnyovo industrial park.#RussiaIsCollapsing#RussiaIsATerroristState pic.twitter.com/NrlmPVo9dE
— Sonja Eftimovska (@sonjaeftimovska) April 23, 2023
Contudo, o dia da visita do chefe de Estado não era claro e, até agora, Putin não visitou o local.
Além disso, o ativista ucraniano Yuriy Romanenko revelou, na rede social Twitter, que os “oficiais de inteligência receberam informações sobre a viagem de Putin ao Parque Industrial Rudnevo”, planeando, assim, o ataque.
“Quando, de manhã, se ficou a saber do lançamento do drone no Kremlin, começou uma grande confusão. [Dmitry] Peskov deu conta da nova agenda de Putin – que trabalharia no Kremlin”, complementou.
Путин, мы все ближе
— Yuriy Romanenko (@shan_yan) April 24, 2023
Все видели новость о дроне который долетел до Москвы, но не взорвался? Так-вот, дрон этот летел не просто так. На прошлой неделе наши разведчики получили информацию о поездке путина в индустриальный парк в Руднево. Удалось даже заполучить карту поездки по… pic.twitter.com/F2u8kClhPO
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram mais de 8.534 civis desde o início da guerra e 14.370 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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