Pelo menos 6 mortos em novo ataque de grupo rebelde na RDCongo

Pelo menos seis civis morreram esta segunda-feira em Ituri, no nordeste da Republica Democrática do Congo (RDCongo), num novo ataque a uma aldeia atribuído aos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), foi hoje divulgado.

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© SEBASTIEN KITSA MUSAYI/AFP via Getty Images

Lusa
02/05/2023 23:33 ‧ 02/05/2023 por Lusa

Mundo

RDCongo

De acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), que citou fontes locais, este ataque soma-se a outros que provocaram centenas de mortos desde o final do ano passado nesta província rica em ouro e assolada pela violência de vários grupos armados.

"Os rebeldes das ADF fizeram uma incursão na noite de segunda-feira, na aldeia de Makumo, no grupo Bangole", no território de Mambasa, destacou hoje à AFP Gilbert Sivamwenda, presidente da sociedade civil do grupo de aldeias de Babila Babombi.

Os assaltantes mataram aldeões e saquearam bens, "foi uma loucura e o Exército chegou tarde, quando os rebeldes já tinham partido", destacou, por sua vez, Tonge Sorone, representante dos jovens de Babila Babombi.

De acordo com estas duas fontes, que relataram seis mortos, a investigação não pôde ser realizada longe do mato, fora da aldeia, devido à insegurança, destacando que esta avaliação é, por isso, provisória.

"Estamos chocados com a ineficácia das operações militares das FARDC (Forças Armadas da RDCongo) e UPDF (Exército de Uganda) na nossa região, porque os rebeldes das ADF movem-se livremente", lamentou Sivamwenda.

As operações conjuntas têm sido realizadas pelos dois exércitos em Ituri e na província vizinha de Kivu do Norte desde o final de 2021 contra o ADF.

Originalmente principalmente rebeldes muçulmanos de Uganda, as ADF estão enraizadas desde meados da década de 1990 no leste da RDCongo, onde são acusadas de terem massacrado milhares de civis.

Estes juraram lealdade, em 2019, ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico, que os apresenta como o seu braço na África Central, e também são acusados de ataques em solo ugandês.

A ONU estimou em meados de abril que mais de 150 pessoas tinham sido mortas desde o início do mês em Ituri e, no final de março, estimava o número de mortos em cerca de 485 desde dezembro.

Além das ADF, operam na província milícias comunitárias, nomeadamente a Codéco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo), que pretendem proteger a tribo Lendu contra uma tribo rival, os Hema, defendida por outra milícia, os "Zaire".

Leia Também: Ministério da Saúde do Senegal anuncia morte de doente com febre do Congo

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