As fontes detalharam em declarações à estação de rádio congolesa Radio Okapi que estes ataques, contra as aldeias de Buku, Dhendro, Djaib e Sumbuso - no território de Djugu, província de Ituri -, deixaram também 600 casas queimadas.
Os milicianos também saquearam três centros de saúde, enquanto praticamente todos os moradores das aldeias fugiram da área em busca de lugares mais seguros, acrescentaram as mesmas fontes.
Por sua vez, o Exército lançou uma operação na área para tentar restaurar a calma, perante o recrudescimento de ataques da Codeco em Ituri nos últimos meses, que aprofundaram a grave crise humanitária no país africano.
A milícia Codeco é predominantemente composta por membros da comunidade Lendu, na sequência do aumento de assaltos desde junho de 2019 e confrontos intercomunitários entre os Lendu e os Hema em Ituri, que fazem lembrar o conflito entre as duas comunidades entre 1999 e 2007 para direitos de pastagem e representação política.
Por outro lado, pelo menos oito pessoas morreram na segunda-feira em ataques perpetrados por supostos membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na siga em inglês), ligadas ao grupo extremista Estado Islâmico, contra várias localidades de Ituri.
As ADF, um grupo ugandês criado na década de 1990, especialmente ativo no leste da RDCongo e acusado de matar centenas de civis nesta zona do país, sofreu uma divisão em 2019 depois de o seu líder ter jurado lealdade ao grupo terrorista Estado Islâmico na África Central (ISCA, na sigla em inglês), sob cuja bandeira opera desde então.
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