Dmitry Medvedev diz que a Rússia ficou sem opção a não ser "eliminar" o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e sua "trupe" após o suposto ataque de drones ao Kremlin.
Numa publicação no Telegram, o ex-presidente russo - que também é vice-presidente do conselho de segurança da Rússia - ecoou as afirmações de Moscovo de que o incidente foi um ato "terrorista".
"Após o ataque terrorista de hoje, não restam outras opções para além da eliminação física de Zelensky e da sua trupe", escreveu Medvedev. "Nem sequer é necessário que ele assine o ato de rendição incondicional. Hitler, como sabemos, também não o assinou", escreveu ainda.
Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky, diz que os comentários "ameaçadores" do ex-presidente russo podem ser respondidos com o ditado finlandês: "Um barril vazio faz mais barulho".
There is a brilliant Finnish remark for any threatening statement by a typical Russian subject "Medvedev" (deputy head of RF’s Security Council), especially about "physical destruction": Tyhjät tynnyrit kolisevat eniten (translated - An empty barrel makes more noise. There is a…
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) May 3, 2023
De lembrar que Moscovo assevera que Kyiv é responsável pelo incidente, mas não forneceu nenhuma evidência para apoiar a afirmação.
Zelensky já veio veementemente negar o envolvimento da Ucrânia dizendo que Kyiv apenas atua no seu território e numa ótica de defesa. "Posso repetir a mensagem, penso que será clara para todos: Não atacámos nem Putin, nem Moscovo", afirmou o presidente após uma reunião com os chefes de Estado dos países nórdicos.
"Estamos a defender o nosso território, as suas aldeias e cidades. Apenas combatemos no nosso território", afirmou ainda.
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