Segundo o porta-voz, a situação na Ucrânia foi discutida na visita do chefe de Estado brasileiro à residência oficial de Sunak, em Downing Street, tendo os dois concordado "que a invasão russa era inaceitável, assim como a morte de civis inocentes" e que "a paz é do interesse de todos".
Entretanto, o primeiro-ministro britânico "afirmou que, enquanto as forças russas permanecessem na Ucrânia, seria impossível que o país encontrasse a paz e reiterou a necessidade de a comunidade internacional continuar a pressionar o Presidente Putin para retirar as suas tropas", disse a mesma fonte.
Ao contrário de vários países ocidentais, o Brasil nunca impôs sanções financeiras à Rússia e não forneceu munições a Kiev, posicionando-se, tal como a China, como um mediador.
Durante uma visita a Pequim, em abril, Luiz Inácio Lula da Silva criticou a postura dos Estados Unidos da América e da União Europeia em relação à invasão da Federação Russa à Ucrânia, considerando que estavam a fomentar a guerra.
Dias depois, em Lisboa, disse, após o encontro com o seu homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, que "não quer agradar a ninguém" sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, mas sim encontrar "uma terceira via" para a paz.
"Estamos numa situação em que a guerra entre a Rússia e Ucrânia está a afetar a humanidade (...) e é por isso que temos de encontrar um grupo de pessoas que esteja disposto a falar em paz e não em guerra", afirmou Lula da Silva.
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