"No auge da nossa disputa com a Arábia Saudita, o líder da revolução [ex-líder iraniano Ruhollah Khomeini] sempre enfatizou que não se deve esquecer que os principais inimigos são os Estados Unidos e Israel. Rejeitamos e não aceitamos que a Arábia Saudita seja considerada nossa inimiga", disse numa entrevista à agência oficial de notícias síria Sana.
Riad e Teerão, líderes do eixo sunita e xiita no Médio Oriente, chegaram recentemente a acordo com a mediação chinesa para restabelecer relações, formalmente rompidas desde 2016, embora a rivalidade entre os dois remonte há décadas.
"Hoje, os fatos ficaram claros para muitos países da região e a fobia do Irão de que falavam as agressões americanas e israelitas era apenas para semear o terror na região, essa é a máquina mediática maligna do inimigo", defendeu Ebrahim Raisí.
Na entrevista, divulgada hoje no final da visita à aliada Síria, o presidente iraniano falou ainda da existência de um "sistema global novo e diferente" com alinhamentos como a Organização de Cooperação de Xangai (SCO) ou a BRICS, tendo ambos têm como membros a Rússia, China e Índia.
"Por outro lado, a capacidade americana e ocidental diminui constantemente. O seu papel no mundo caiu, enfraqueceu e regrediu (...). Os Estados Unidos costumavam aterrorizar todos com o seu poderio militar", afirmou Ebhrahim Raisí.
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