Numa mensagem publicada na rede social Twitter, a antiga líder do Partido Conservador e deputada pelo círculo eleitoral de South West Norfolk agradeceu o convite do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan para uma visita na próxima semana.
"Todos devemos fazer o possível para apoiar o governo democraticamente eleito de Taiwan e o povo taiwanês", vincou Truss.
Truss deverá reunir-se com membros do governo taiwanês, incluindo a presidente, Tasi Ing-wen, adiantaram assessores à EFE.
No ano passado, Truss alegou, durante uma audição com uma comissão parlamentar, que os aliados ocidentais deveriam fornecer armas a Taiwan que lhe permitissem proteger-se de uma potencial agressão chinesa para evitar o que sucedeu na Ucrânia.
"Devíamos ter fornecido armas de defesa à Ucrânia mais cedo. Precisamos de aprender essa lição em relação a Taiwan", disse na altura.
A visita de Truss segue-se a discursos recentes na Aliança Interparlamentar sobre a China, em Tóquio, e na Heritage Foundation, em Washington, nos quais a política britânica instou as democracias ocidentais a endurecerem a posição em relação a Pequim.
A intervenção acontece numa altura em que o Reino Unido está a tentar fazer uma reaproximação à China depois de vários anos de relações tensas devido à repressão de políticos e ativistas em Hong Kong.
Na semana passada, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, afirmou num discurso que isolar a China "seria errado, porque seria uma traição ao interesse nacional".
O chefe da diplomacia também recebeu o vice-presidente da China, Han Zheng, que visitou Londres para assistir à coroação do rei Carlos III no sábado, o que suscitou críticas internas.
Cleverly revelou que "deixou claras as opiniões do Reino Unido sobre Hong Kong, Xinjiang e Taiwan", num encontro que abrangeu a cooperação sobre "alterações climáticas, laços económicos e relações interpessoais".
"O diálogo com a China significa discutir áreas de profundo desacordo e de cooperação vital", argumentou.
O Reino Unido, tal como a maioria dos países, não reconhece Taiwan nem mantém relações diplomáticas formais com a ilha, defendendo que o conflito deva ser resolvido através do diálogo.
Para a República Popular da China, Taiwan é uma província separatista, que um dia voltará ao controlo de Pequim.
No entanto, Taiwan tem a sua própria Constituição, dirigentes democraticamente eleitos e cerca de 300.000 soldados ativos nas suas forças armadas.
Leia Também: "Devemos acelerar a adesão da Ucrânia à NATO", defende Liz Truss